O início da atividade cultural: reconhecimento e renovação (1975-1999)
Após o 25 de Abril de 1974, o novo executivo camarário passou a encarar o Convento de São José com uma visão de natureza sociocultural com o objetivo de, através da implementação de novas dinâmicas culturais, devolver o espaço à população.
Numa primeira fase, a partir de 1975, o edifício começou por albergar diversos serviços municipais, como os departamentos de obras, urbanismo e águas. Entre 1978 e 1979, passou por obras de recuperação e requalificação com o apoio do Gabinete de Planeamento da Região do Algarve. Por estes anos, reconhecida a importância e simbolismo do edifício para a comunidade local, o mesmo serviu, de novo, como espaço de diversões, com a organização de bailes no claustro para angariação fundos para os Bombeiros Voluntários de Lagoa.
Numa segunda fase, o edifício assumiu diversas funções culturais. Em 1985, no âmbito das festas do feriado municipal, foi inaugurado no Convento o Museu Municipal de Arte, Etnografia e Arqueologia de Lagoa, e, poucos anos depois, em 1993, o edifício seria oficialmente inaugurado como Centro Cultural da Cidade de Lagoa, contando com a presença do Secretário de Estado da Cultura.
Nesta época, o Centro Cultural ficou dotado de um gabinete de audiovisuais, de um centro de apoio à juventude, de um auditório com 90 lugares e de uma sala de exposições temporárias, albergando simultaneamente o Arquivo Histórico Municipal e o Centro InforJovem.
A requalificação do Convento de São José e o seu novo uso como Centro Cultural permitiu o desenvolvimento de um programa cultural vasto e enriquecedor para a população do município de Lagoa e do Algarve.