Antigo Chefe do Grupo Nacional de Escutas
Antigo Chefe do Grupo Nacional de Escutas
Antigo Chefe do Grupo dos Escutas (1963-1965) e Criador da rádio de galena
Nasci em 1946 em Portimão. Licenciado em Organização e Gestão de Empresas pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). Tenho experiência profissional em Gestão e organização de empresas, designadamente, nas áreas de extração de inertes, hotelaria, bancária e hospitalar.
Como vivi em Lagoa, no período de 1961 a 1964, integrei a organização da Juventude Agrária Católica (JAC), que utilizava instalações do Convento de São José para realizar as suas reuniões de trabalho. Nessa fase, dediquei parte do meu tempo a dar explicações a jovens que frequentavam a Escola Comercial e Industrial de Silves. Entretanto, fui desafiado, pelo Professor João Reis, dirigente escutista, em Portimão, a fundar um grupo de escuteiros, em Lagoa. Assim, com a colaboração dos meus explicandos e de outros jovens da JAC deu-se início ao escutismo, em Lagoa, criando a “Patrulha Morcego”, cuja atividade começou precisamente numa cela do primeiro andar do Convento de São José.
Em meu entender, a recuperação do património desempenha um papel fundamental na preservação da identidade e da memória de uma comunidade. Ao dar a conhecer, restaurar e conservar os bens patrimoniais, é possível manter viva a história e as tradições de um povo, além de promover o turismo cultural e o desenvolvimento de determinadas regiões. De facto, quando com as recuperações/reabilitações se consegue manter uma identidade cultural, o resultado é, frequentemente, contribuir para o usufruto de uma cidade mais agradável e culturalmente interessante, com consequentes potenciais ganhos económicos através do turismo e da valorização patrimonial.
Ora, o Projeto CONVENTUS pretende olhar para o Convento de São José, em Lagoa, com modernidade e multidisciplinaridade, mas nunca perdendo a sua identidade. Tendo como principal fim dar a conhecer as muitas histórias e a evolução de utilização do Convento tem levado a cabo, através da competente equipa que integra o projeto, um cruzamento constante de informações documentais e testemunhos que revela uma enorme vontade de preservar a memória e de valorizar um ex-libris do concelho de Lagoa, do Algarve e do nosso País. A Câmara Municipal de Lagoa está de parabéns e estou certo de que irá continuar na senda da preservação e divulgação do passado, fomentando o envolvimento de todas as entidades públicas e privadas e sobretudo da sociedade civil. Um produto final ficará sempre mais enriquecido se contar com a participação empenhada de todos.